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Saturday, January 15, 2011

Sentimento, alguém sabe, realmente, o que é esta palavra? Ainda no aeroporto fiquei pensando muito sobre isso, estava como “anestesiada”, os mais proximos ali e eu em outro lugar, nem aqui, nem lá... Um tchau ou um adeus deveria significar mais ou nao. Até que ponto as coisas externas podem nos afetar, o nosso eu, o íntimo, o verdadeiro transcende tudo, tempo, espaco, vida. O amor é uma forma totalmente independente de sentimento, independe de cor, raça, idade, sangue. Amo pq amo, simples assim. Mas deveria amar mais, mais incondicionalmente.

Em meu voo estavam alguns mulçumanos e relacionar com terrorismo nao é difícil, pelo menos para mim, confeso. Um pouco mais de uma hora de voo e eles levantam, todos juntos, mais ou menos uns 10, viram para a direita, fecham os olhos e seus labios balbuciam palavras. A devoçao estava estampada em seus rotos, cada gesto cada músculo que mexiam mais parecia um ritual. Passam cinco minutos e eles estendem um tapete que, sinceramente, nem vi de onde tiraram, ajoelham-se e continuam a orar. Sem sde importar com os outros, apenas realizam o que estavam acostumados a fazer, de coraçao ou nao foi lindo ver uma maneira diferente de oraçao.

As túnicas, as barbas, o olhar de: “que estranho”, mútuo. Somos mais parecidos do que imaginamos e do que pretendíamos... Como a noite foi em Barbados, a Ilha mais próxima com aeroporto internacional, analisei a situaçao. O julgamento que fiz, o preconceito, o medo. Estava prestes a passarm por tudo isso, claro, todos nós passamos (já que é muito difícil ter o ser descoberto, mostrar a cara, sair do casulo, deixar-se aparecer como se é), comigo nao é diferente, nao será, nao foi. Mas posso, ao menos, carregar a liçao de nao julgamento, de nao preconceito, de nao teorizar deamis e nem colocar todos dentro do saco de farinha. Cada ser é um indivíduo completo que irá se relacionar com você de maneira diferente do das outras pessoas. Sentir apenas e viver, agradecendo cada minuto. É o que desejo, agradecer sempre.

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