Taís González
Cabe aqui dizer que
desordem, neste caso, significa: desarmonia, falta de equilíbrio,
desigualdade. O progresso do lado sul do Planeta está transformando
o mundo deste século. Nações em desenvolvimento estão agora
impulsionando o crescimento do Globo, tirando milhões de pessoas da
pobreza e colocando bilhões em uma nova classe média global, de
acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, do Programa
de Desenvolvimento da ONU (Pnud).
De fato, o processo
de globalização gerou um mundo com um nível de riqueza sem
precedentes. A democracia, parece ainda ser o único sistema político
aceitável, o acesso à informação e a difusão da mesma está
circulando cada vez mais livremente e chegando cada vez mais longe.
Entretanto, fome, doenças endêmicas, miséria, pobreza extrema
continuam a assombrar a wonderful world.
“Por
certo, as desigualdades graves não são socialmente atrativas, e as
desigualdades importantes podem ser, diriam alguns, flagrantemente
bárbaras.
Ademais, o senso de desigualdade também pode minar a coesão social, e alguns tipos de desigualdade podem dificultar a obtenção de eficiência”, explica o filósofo e economista Amartya Sen, em Desenvolvimento como liberdade. Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 1998 e um dos criadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), colaborou na elaboração do relatório que afirma, “nunca na história as condições de vida e as perspectivas de tantas pessoas mudaram tão dramaticamente e tão rápido.”
Ademais, o senso de desigualdade também pode minar a coesão social, e alguns tipos de desigualdade podem dificultar a obtenção de eficiência”, explica o filósofo e economista Amartya Sen, em Desenvolvimento como liberdade. Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 1998 e um dos criadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), colaborou na elaboração do relatório que afirma, “nunca na história as condições de vida e as perspectivas de tantas pessoas mudaram tão dramaticamente e tão rápido.”
De
acordo com o relatório, mais de 40 países tiveram ganhos em
desenvolvimento humano antes do que se previa. Entretanto, mais de 3
bilhões de pessoas podem ficar na pobreza extrema até 2050 por
causa das mudanças climáticas. “Ameaças
ambientais como mudança do clima, desflorestamento, poluição da
água e do ar e desastres naturais afetam a todos, mas os países e
comunidades mais pobres são os mais atingidos,” dizem os autores.
Com
os desastres ambientais, todos os ganhos podem ser desacelerados,
brecados ou mesmo revertidos em locais como a África Subsaariana e o
sul da Ásia. O relatório alerta, mais uma vez, que as nações com
os níveis mais baixos de desenvolvimento não são as poluidoras,
mas são as que sofrerão em um mundo mais quente. A The
Economist,
de outubro de 2012, mostrou que por mais que a desigualdade tenha
sido reduzida em termos globais, porém, em relação ao PIB. De
acordo com o índice dos países ricos e pobres, cerca de dois terços
da população mundial vivem em países em que a desigualdade
aumentou desde 1980.
Infelizmente,
o mundo atual está cada vez mais dependente de recursos não
renováveis e estruturas insustentáveis. Além do mais, não é
difícil depararmos com casos de desrespeito humano e ambiental. O
cotidiano apresenta uma série de exemplos desta insustentabilidade.
Poucas pessoas se preocupam com assuntos como segurança alimentar (o
que inclui produção – utilização abusiva de agrotóxicos, ainda que de "boa-fé" -,
acesso e distribuição de alimentos, principalmente, nas grandes
cidades), mobilidade urbana, desmatamento e suas consequências, a
utilização de petróleo como fonte de energia e matéria-prima para
composição de diversos produtos, lixo (produção, armazenamento e
descarte), contaminação e poluição de rios e mares...
Para
Andrew Simms os economistas precisam repensar algumas normas
econômicas, como a noção de crescimento. Esse culto ao PIB precisa
ser reavaliado, sustenta Simms, porque ele não representa apenas
atividade produtiva e criação de empregos, mas implica também
poluição e destruição dos recursos limitados da natureza,
sobretudo via consumo obsessivo. O Produto Interno Bruto (PIB), é a
soma de todas as riquezas produzidas no país) dividido pelo número
de habitantes. É importante relacionar o crescimento da produção
(PIB) com o dos habitantes do país, pois é essa relação que
determina se, na média, a população está "enriquecendo"
ou não. O PIB pode subir enquanto o PIB per capita diminui. Isso
ocorre se a população cresce mais do que a produção num
determinado ano, mostrando que, na média, a população empobreceu.
É necessário lembrar que o PIB per capita é apenas uma média
indicativa: a distribuição desse ganho ou perda se dá de forma
desigual, e esse efeito não pode ser registrado neste indicador. -
Fonte Uol.
O
fato é que, atualmente, altos padrões de consumo é algo
absolutamente desejável para a maioria, já que o Sol da propaganda
nasce para todos. Governos também caem na tentação e fazem crer
que só se comprando é que se sobrevive, afinal somente consumindo é
que se cria empregos, o comércio vende, a indústria vende e os
cidadãos adquirem bens.
Novos
economistas já buscam novas maneiras de medição econômica, como o
IDH, criado pela ONU e Sen, ou mesmo o “índice de felicidade”,
adotado em Butão, tema de análises acadêmicas. O estudo de
felicidade já entrou no currículo de universidades como London
School of Economics. De acordo com a Organização para a Cooperaçãoe Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Austrália foi eleito o país
mais feliz do mundo, seguido pela Suécia e Canadá. O ranking
compara os 34 membros da OCDE – na maioria nações desenvolvidas –
e dois "parceiros-chave": Brasil e Rússia. A comparação
foi feita com base em onze critérios, tais como renda, saúde,
segurança e moradia. O Brasil aparece na 33ª posição.
O comportamento do
consumidor na sociedade também começa a ganhar mais importância no
meio acadêmico, por exemplo, Daniel Kahneman, ganhador do Nobel de
Economia, em 2002, por suas pesquisas na área de economia e
comportamento. O próprio Amartya
Sen quer ir além do IDH. Nicholas Stern, da London School of
Economics, que busca dar valor monetário às medidas de combate aos
danos provocados pelo crescimento desordenado.
É comprovado que o Planeta não suporta tamanha produção, consequentemente, descarte. O carpe diem está destruindo o futuro de gerações, e talvez esta seja a única que não pensa no futuro de seus filhos e netos. O carpe diem está destruindo o que de mais valioso há, a natureza. Sem demagogia. Afinal petróleo, diamantes, madeira, terra, pasto, gado... Preciosas parte de um todo, inclusive você.
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