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Monday, August 05, 2013

Descarte de lixo, uma questão de bom senso

Por Taís González

O volume de lixo produzido no país cresceu de 213 mil toneladas em 2007 para 273 mil toneladas por dia em 2013, de acordo com dados do Instituto Akatu. Em realação ao lixo eletrônico, o Brasil fica em primeiro lugar em geração desse resíduo por habitante. Em São Paulo cerca de 1% do lixo é reciclado. Cada cicadão deve tomar para si o compromisso de gerar menos lixo, mas - e principalmente - essa responsabilidade deve ser ampliada aos produtores de bens de consumo.

Atualmente, esta  é uma questão central das políticas europeias e também de alguns Estados norte-americanos. A definição foi uttilizada pela primeira vez em 1990 pelo pesquisador Thomas Lindhqvist  em relatório para o Ministério do Meio Ambiente da Suécia: "A responsabilidade ampliada do produtor é uma estratégia de proteção ambiental para alcançar o objetivo de reduzir o impacto ambiental de um produto tornando seu fabricante responsável pelo conjunto do ciclo de vida do produto e, especialmente, por sua coleta, sua reciclagem e sua disposição final".

Aqui em Estocolmo a reciclagem de resíduos gira em torno de 95%. Em algumas cidades, como Borås, o reaproveitamento é de 99%. O lixo orgânico, além de guardanapos, embalagens de alimentos são recolhidos, toda a semana por um caminhão que passa na porta de casa. Entretanto, uma alavanca substitui o lixeiro. O lixo é separado em casa: orgânico e não orgânico, a empresa encarregada nesta coleta oferece a embalagem de papael em que se deve colocar os resíduos orgânicos. O lixo é então levado para o local de separação. Em 2012, foram tratados 4.3 toneladas de lixo doméstico na Suécia. O calculado por pessoa é de 460 kg, ao ano.

Percentagem atribuída métodos de tratamento como este:
15% vai para o tratamento biológico
32% é reciclado
51% é incinerado para produção de energia
0,7% vai - de fato - para aterro

Já para os objetos descartados, como móveis, pedaços de madeira, papelão, embalagens de produtos e equipamentos, objetos antigos dos mais variados e roupas existem duas opções. A primeira e levar tudo à uma loja de segunda mão. O objetivo é recupar esses objetos (trabalho realizado por pessoas em situação de pobreza), e vendê-los a um preço muito mais acessível. Além deste trabalho, as lojas revertem todo o lucro para organizações que cuidam de pessoas em situação de pobreza.

A segunda opção é levar esses objetos até um local adequado, para as pessoas jogar seus "entulhos". São caçambas gigantes separadas para cada tipo de material: madeira, papelão, vidro, plástico, caixas e materiais de papel, embalagens com revestimento plástico, e um local especial para: baterias, pilhas, lâmpadas, computadores e eletrônicos, cabos elétricos. Tudo separado pelas pessoas que levam o seu lixo lá. Depois tudo é devidamente direcionado para a reciclagem e praticamente TUDO é reaproveitado de alguma maneira.

Há tempos existe por aqui uma lei em que as empresas são responsáveis pelo recolhimento de seus vasilhames de alumínio, papel, papelão, papel corrugado, plásticos, aço e vidro. O mesmo ocorre com jornais, folhetos publicitários, revistas e catálogos, além de pneus. Para racionalizar esse processo e tornar mais econômico o manejo da coleta e reciclagem, os produtores uniram esforços e se organizaram. A medida resultou numa redução significativa dos volumes de vasilhames e embalagens encaminhadas aos aterros sanitários, demonstrando a eficiência das leis que determinam a busca de soluções.  Esses locais de recolhimento de lixo reciclável são mantidos e ou patrocinados também pelas próprias empresas que nos vendem tudo o que utilizamos por lei!

E se não bastasse, em TODOS os supermercados do país existem máquinas que recolhem garrafas pet, latinhas de alumínio e garrafas de vidro para serem recicladas. Mas não é só isso, você recebe a importância que pagou pela embalagem em forma de ticket que pode ser recebido em dinheiro mesmo ou, simplesmente, abatido no valor total da sua compra normal.

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