O que você faria se a tua vida estivesse ameaçada?
Mais triste é saber as razões para a construção de Belo Monte, uma obra completamente dispensável… A Usina Hidroelétrica de Belo Monte, se construída será a Terceira maior do mundo, irá gerar 11,2 mil MW (a capacidade instalada, em tempos de cheias, ou seja, durante aproximadamente 4 meses por ano). A realidade: energia assegurada é de 4,5 mil MW. Custo da obra: em 2009 o valor era de R$ 19 bilhões. O plano apresentado em 2010 previa investimentos de 25,8 bilhões. E este ano, o consórcio admite que, em 2019, o valor chegue a R$ 29 bilhões por conta das correções (quais?).
Alegação do governo: desenvolvimento. Mas, desenvolvimento a qualquer custo? Não, obviamente. Irá custar: a inundação de 51.600 hectares de floresta, com um espelho d’água de 516 km², desvio do rio com a construção de dois canais de 500m de largura e 30 km de comprimento, deixando 100 km de leito seco, submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores, a obra irá empregar em seu pico 20 mil trabalhadores, segundo a Norte Energia.
Desenvolvimento: a energia, basicamente, será para abastecer futuras indústrias que irão se instalar no local. Desenvolvimento, afinal, gerar empregos significa desenvolvimento. Mas o governo esqueceu de pequenos detalhes, como por exemplo, a Floresta Amazônica, a maior floretsa tropical úmida do Planeta, que abriga metade das plantas e dos animais silvestres do mundo. A bacia Amazônica influência o clima no mundo, alterar este sistema é alterar o clima, é aquecer ainda mais o Planeta. A bacia Amazônica é diretamente responsável pelas chuvas em toda América Latina, desflorestá-la é sinônimo de seca. Outro pequeno detalhe sãos os povos indígenas, os verdadeiros “donos” da terra. A região do Xingu milhares de indigenas, a maioria sera atingida pela usina.
Além disto, dos previsto 20 mil trabalhadores (no pido da obra), a maioria já estarão contratados, sendo assim, o “desenvolvimento local” trará mais problemas do que soluções, imigrantes sobrecarregarão a pequena Altamira, sonhando com trabalho. Desenvolvimento não é iludir as pessoas. Desenvolvimento não significa afastar pessoas indesejáveis de seus cargos , não ouvir índios e ribeirinhos, muito menos significa, ameaças de morte.
Bom, se estamos falando de “jogo-de-interesse” e “poder”, acredito que está mais do que na hora de nós, brasileiros nos unirmos aos primeiros brasileiros desta terra, que de Santa já deixou de ser há muito tempo e que está sim, carregando uma cruz em nome do desenvolvimento. É preciso juntar nossas vozes, nossos corações, nossas histórias e mostrar para governo, indústrias, empresários e para quem mais possa interessar quem são os verdadeiros donos desta terra, e quem tem poder. Quem tem o poder são os cidadãos capazes de escolherem o destino de uma nação (ou neste caso de várias), capazes de escolherem preserver o verde da nossa bandeira, a NOSSA floresta!
Por isto, neste final de semana, os brasileiros, nascidos aqui ou de coração, irão se manifestar mais uma vez em nome de um desenvolvimento sustentável, e em nome das nossas florestas, já que o Novo Código “Anti” Florestal, também estará na pauta! Acreditro que aplica-se, perfeitamente, aqui o velho slogan: “O povo, unido, jamais sera vencido”. Não é utopia, o verdadeiro poder está em nossas mãos, basta querer!
Locais e horários das manifestações:
Mato Grosso do Sul
Data: 18 de junho
Local: Praça Ary Coelho
Horário: 9h
Marcha da Liberdade no MS
Também em defesa de uma legislação que defenda o meio ambiente e contra o Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados.
Local: Praia de Copacabana
Data: 19 de junho
Horário: 10h
Desfile-manifesto com concentração no Posto Seis. Já está confirmada a participação dos blocos e bandas Simpatia é Quase Amor, Barbas, Imprensa Que Eu Gamo, Banda de Ipanema, Bloco de Segunda, Bafafá, Empolga às 9, Carmelitas, Volta Alice, Banda da Rua do Mercado, Voltar Pra Quê? e Monobloco.
Data: 19 de junho
Local: Vão livre do Masp
Horário: 14h30
Programação do manifesto: Concentração às 14h30 no MASP. Saída às 16h30, pela Avenida Paulista em direção à Avenida da Consolação. Na Consolação, a marcha seguirá rumo aos Jardins até a Alameda Itu. Dali, entrará na Alameda Casa Branca e retornará ao vão livre do MASP às 18h30. Além do repúdio ao novo texto do Código Florestal aprovado pelos deputados no dia 24 de maio. Na passeata será distribuído o manifesto “Brasil pelas Florestas”.
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